A judicialização da heteroidentificação nas universidades públicas: Estudo de caso na Universidade Federal do Ceará

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21527/2179-1309.2025.122.15937

Palavras-chave:

Lei de cotas, pretos e pardos, judicialização

Resumo

O artigo tem por objetivo apresentar resultados de uma pesquisa que levanta dados sobre o tratamento judicial das disputas envolvendo ocupação de vagas reservadas para pretos, pardos e indígenas nas universidades brasileiras, em atenção à Lei n° 12.711/2012. Trata-se de um levantamento feito junto à Pró-Reitoria de Graduação das Universidade Federal do Ceará, recortando o período de 2019 a 2023, no qual se consultaram 78 ações judiciais e suas decisões liminares, definitivas e em sede de recurso. A apresentação e análise dos dados foi precedida de um desenvolvimento argumentativo no qual foram abordados os fundamentos e objetivos das políticas de ações afirmativas e o uso de termos como identidade, heteroidentificação e interseccionalidade. Trata-se de pesquisa exploratória, com revisão de literatura e coleta e análise de dados.

Referências

DAVIS, Angela. Mulheres, cultura e política. Trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2017.

DUBAR, Claude. A crise das identidades: a interpretação de uma mutação. Porto: Edições Afrontamento, 2006.

MAIA, Gretha Leite. Os desafios da criação de cotas para pretos, pardos e indígenas (PPI) nas universidades brasileiras. Contexto e Educação. Editora Unijuí. Ano 36. nº 115. Set./Dez. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.21527/2179-1309.2021.115.9721

MAIA, Gretha Leite. Araújo, Ruth Ana Pereira de. Oliveira, Isabela Dantas. A trajetória da população universitária brasileira: uma questão de raça e classe. Revista de Direito- Viçosa. ISSN 2527-0389, V.13 N.02 202. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/revistadir/article/view/11149/6627

MEDEIROS, Rogério de Souza. Interseccionalidade e políticas públicas: aproximações conceituais e desafios metodológicos. In: Implementando desigualdades: reprodução de desigualdades na implementação de políticas públicas. Organizado por Roberto Rocha C. Pires. 79-104. Rio de Janeiro: Ipea, 2019.

MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Feminismo e Política. São Paulo: Boitempo, 2014.

OLIVEIRA, Neiva Afonso; PROENÇA, Kátia Aparecida Poluca; CRUZ, Juliana Beloni da. Cotas raciais como forma de resistência: um enfoque freiriano. Contexto e Educação. Editora Unijuí, Ano 29, nº 92, Jan./Abr. 2014, p.91-108. Disponível em: COTAS RACIAIS COMO FORMA DE RESISTÊNCIA: UM ENFOQUE FREIRIANO | Revista Contexto & Educação (unijui.edu.br)

RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

SOUZA, Jessé. A tolice da inteligência brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite. São Paulo: LeYa, 2015.

SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017.

Downloads

Publicado

2025-04-23

Como Citar

Maia, G. L., & Melo, C. (2025). A judicialização da heteroidentificação nas universidades públicas: Estudo de caso na Universidade Federal do Ceará. Revista Contexto & Educação, 40(122), e15937. https://doi.org/10.21527/2179-1309.2025.122.15937

Edição

Seção

Interculturalidade e Educação