A linguagem e as estruturas de poder: a relação universidade-escola na formação política de professores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21527/2179-1309.2025.122.15897

Palavras-chave:

formação de professores, linguagem, inéditos viáveis

Resumo

A linguagem escrita na Universidade é frequentemente utilizada para a manutenção das estruturas de poder. Neste artigo, pensamos a partir da teoria freiriana a potencialidade do trabalho com a linguagem pela via do texto em seus contextos nas dimensões micro e macropolíticos com a formação de professores. O objetivo do artigo é problematizar essas correlações de poder na relação entre universidade e escola e os possíveis espaços para a construção de inéditos viáveis na formação docente. A metodologia realiza a revisão de literatura e a análise de duas atividades realizadas no curso de graduação em Pedagogia no período do segundo semestre de 2023 e do primeiro semestre de 2024. Compreendemos que três ações são necessárias a partir desse estudo: a) refletir com os educadores os modos de dinamização das disciplinas; b) discutir com os estudantes as organizações de suas rotinas pessoais; c) pensar políticas institucionais/locais emergentes e lutar por política públicas em contextos mais ampliados que apoiem os educandos a terem melhores condições de estudo. Da análise da pesquisa, constatamos que os educandos vêm ousando na produção escrita em diálogo com a teoria, a partir de atividades pedagogicamente planejadas, que articulam prática-teoria, por meio da linguagem oral e escrita.

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Publicado

2025-04-23

Como Citar

de Almeida, A., & Carreiro, H. J. S. (2025). A linguagem e as estruturas de poder: a relação universidade-escola na formação política de professores. Revista Contexto & Educação, 40(122), e15897. https://doi.org/10.21527/2179-1309.2025.122.15897

Edição

Seção

Políticas Linguísticas e de Internacionalização à luz do legado de Paulo Freire