Proficiência em Ciências ou Interpretação de Texto?: analisando matrizes e provas do novo ENEM

Autores

  • Everaldo dos Santos Instituto Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.21527/2179-1309.2011.86.140-162

Resumo

Neste artigo relatamos os resultados de um estudo de análise documental do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).  Esse exame que é aplicado anualmente desde 1998 e avalia o desempenho dos estudantes ao final da escolaridade básica.  O objetivo foi cotejar as questões aplicadas em 2007 a 2010 com as respectivas matrizes de referência do próprio exame utilizando como substrato de apreciação crítica, as quatro grandes linhas que traduzem objetivos para a Educação em Ciências de acordo com o relatório do Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA (NRC, 2007).  A análise mostrou que a maioria das questões desses exames estava centrada em uma única linha: a que busca compreender, usar e interpretar explicações científicas do mundo natural.  Nesse sentido, o exame revelou-se frágil no que tange a discussão sobre a natureza da ciência, o que aponta para uma concepção de Educação em Ciências para o Ensino Médio ainda centrada na compreensão básica de conceitos apresentada na forma de textos interpretativos.  Esse modelo de questões não apresentou associações entre conceitos nem compreensões mais abrangentes dos processos de construção dos conhecimentos científicos.  O vácuo em relação as demais linhas da Educação em Ciências pode gerar distorções na formação dos estudantes sobre a compreensão da ciência como um todo.

Biografia do Autor

Everaldo dos Santos, Instituto Federal do Paraná

Atualmente é professor do Instituto Federal do Paraná. Licenciado em Ciências Biológicas, Mestre em Ciências do Solo pela UFPR, atuou como professor e técnico-pedagógico na Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Downloads

Publicado

2012-09-14

Como Citar

Santos, E. dos. (2012). Proficiência em Ciências ou Interpretação de Texto?: analisando matrizes e provas do novo ENEM. Revista Contexto &Amp; Educação, 26(86), 140–162. https://doi.org/10.21527/2179-1309.2011.86.140-162

Edição

Seção

Artigos