As brincadeiras na educação infantil possibilitam a construção da equidade de gênero?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21527/2179-1309.2024.121.14882

Palavras-chave:

Educação infantil, Narrativas de professoras, Equidade de gênero, Brincadeiras.

Resumo

O artigo tem como objetivo conhecer as percepção das professoras sobre o impacto das brincadeiras nas construções de gênero entre as crianças na educação infantil. Os principais referenciais teóricos são: Louro (2014), Felipe (2000, 2003), Auad (2019) e Finco (2003, 2010, 2013). É uma pesquisa com abordagem qualitativa e foram realizadas entrevistas narrativas com seis professoras no período de maio a agosto de 2022 que atuam na educação infantil do município de Lages na rede pública. Os dados foram analisados de acordo com o método de análise de conteúdo qualitativo de Mayring (2002). Os resultados desta pesquisa apontam que há a necessidade de formação sobre gênero e equidade, fazendo-se necessário um aprofundamento sobre a importância do brincar para a construção da equidade de gênero. Em síntese, a preocupação com a manutenção dos papéis tradicionais de gênero apontam que a perspectiva predominante, nesta pesquisa, foi da consolidação das desigualdades de gênero entre homens e mulheres.

Referências

AUAD, Daniela. Educar meninas e meninos: relações de gênero na escola. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2019.

BELLO, Alexandre Toaldo; FELIPE, Jane. Delineando masculinidades desde a infância. Instrumento, Juiz de Fora, v. 12, n. 2, p. 175-182, 2 jul./dez 2010. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/218675/000783657.pdf?sequence=1. Acesso em: 30 jun. 2021.

BENTO, Nosli Melissa de Jesus. XAVIER, Bento Nubea Rodrigues; SARAT, Magda. Escola e Infância: a transfobia rememorada. Cadernos Pagu (59), 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1590/18094449202000590011

BORGES, Thayse Melo; GRAUPE, Mareli Eliane. BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: uma reflexão acerca da equidade de gênero. A Educação Enquanto Fenômeno Social: Avanços, limites e contradições 5, [S.L.], p. 242-248, 26 abr. 2022. Atena Editora. http://dx.doi.org/10.22533/at.ed.57522260418.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017.

BRASIL. Ministério da educação. Secretaria de Educação Básica Brinquedos e brincadeiras de Creches: Manual de Orientação Pedagógica / Ministério da Educação Básica. – Brasília: MEC/SEB, 2012.

BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: LOURO, Guacira Lopes. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. p. 151-167.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CORREA, Luciane Cristina. Gênero e educação infantil: prática pedagógica de professores que atuam na pré-escola. (Dissertação de Mestrado), Lages, SC, 2019. 119 p.

FÉLIX, Jeane. Gênero e formação docente: reflexões de uma professora. Espaço do currículo, v. 8, n. 2, p. 223-231, maio/ago. 2015. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/viewFile/rec.2015.v8n2.223231/13923>. Acesso em: 10 out. 2022.

FELIPE, Jane; GUIZZO, Bianca Salazar; BECK, Dinah Quesada (org.). Infâncias, gênero e sexualidade: nas tramas da cultura e da educação. Canoas: Ulbra, 2010. 160 p.

FELIPE, Jane. Infância, gênero e sexualidade. Educação & Realidade, 25(01), p. 115-131, jan./jun., 2000. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/48688/30332

FELIPE, Jane. Erotização dos corpos infantis. In: LOURO, Guacira; FELIPE, Jane; GOELLNER, Silvana (org.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2003.

FINCO, Daniela. Educação Infantil, espaços de confronto e convívio com as diferenças: Análises das interações entre professoras e meninas e meninos que transgridem as fronteiras de gênero. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade de São Paulo, 2010.

FINCO, Daniela. Encontro com as diferenças na educação infantil: meninos e meninas nas fronteiras de gênero. Leitura: Teoria e Prática, Campinas, v. 31, n. 61, p. 169-184, nov. 2013.

FINCO, Daniela. Questões de gênero na educação da pequena infância brasileira. Studi Sulla Formazione, [S.L.], p. 1-2015, 4 dez. 2015. Studi Sulla Formazione. Disponível em: http://dx.doi.org/10.13128/STUDI_FORMAZ-17329

FLICK, Uwe. Codificação e categorização. In: FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. Tradução Joice Elias. 3 ed. 2009.

FINCO, Daniela. Relações de gênero e as brincadeiras de meninos e meninas na Educação Infantil. Dossiê Gênero e Infância da Revista Pró-posições, n. 42, dez., 2003.

FONSECA, Rosa Maria Godoy Serpa da. Equidade de gênero e a saúde da Mulher. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 39(4), p. 450-459, 2005. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/0705.pdf

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa/Uwe Flick; tradução Joice Elias Costa. -3ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

GRAUPE, Mareli Eliane. Pedagogia da equidade: gênero e diversidade no contexto escolar. In: MINELLA, Luzinete Simões Minella; ASSIS, Gláucia de Oliveira; FUNCK, Susana Bornéo, (org.) Políticas e fronteiras. Tubarão : Ed. Copiart, 2014, p. 389-410.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. [Entrevista cedida à Anete Abramowicz]. In: ABRAMOWICZ, Anete (org.). Estudos da infância no Brasil: encontros e memórias. São Carlos: UFSCar, 2015. Entrevista transcrita e armazenada em Compact Disc anexo ao livro.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2010. p. 15-48.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: Uma Perspectiva pós-estruturalista. 16. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: Ensaios sobre sexualidade e teoria queer. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ, Vozes, 1997. p. 14-36.

MAYRING, Phillip. Einführung in die qualitative Sozialforschung [Introdução à pesquisa social qualitativa]. (5ª ed.). Weinheim: Beltz, 2002.

MEYER, Dagmar Estermann. Teorias e políticas de gênero: fragmentos históricos e desafios atuais. Revista brasileira de enfermagem, Brasília, 2004, jan n. 57, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n1/a03v57n1.pdf. Acesso em: 27 set. 2023.

MISKOLCI, R.; CAMPANA, M. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Sociedade e Estado, [S. l.], v. 32, n. 3, p. 725–747, 2018. DOI: 10.1590/s0102-69922017.3203008. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/7719. Acesso em: 16 abr. 2023.

OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

QUARESMA DA SILVA, Denise Regina; BERTUOL, Bruna . Estás sempre chorando, tu é de açúcar? Pedagogias de gênero na educação infantil. Revista Iberoamericana de Educación (Online) , v. 68, p. 137-150, 2015. Disponível online em: https://rieoei.org/RIE/article/view/208

RIOS, Ferreira Dias. DIAS, Alfrancio Ferreira. BRAZÃO, José Paulo Gomes. “As brincadeiras denunciavam que eu era uma criança viada”: O gênero "fabricado" na infância. Revista Educação Em Questão, 57(54), 2019. Disponível online em: https://doi.org/10.21680/1981-1802.2019v57n54ID18651

SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revisão de Tomaz Tadeu da Silva, de acordo com o originai em inglês. Educação & Realidade. 20 (22), p. 71-99, jul./dez., 1995. Disponível online em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721/40667

Downloads

Publicado

2024-03-08

Como Citar

Borges, T. M., & Graupe, M. E. (2024). As brincadeiras na educação infantil possibilitam a construção da equidade de gênero?. Revista Contexto &Amp; Educação, 39(121), e14882. https://doi.org/10.21527/2179-1309.2024.121.14882

Edição

Seção

Gênero e Sexualidade