Adoecimento e absenteísmo de professores em Uruguaiana-RS / Brasil: Por que eles adoecem?
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.15781Palavras-chave:
Docentes, Saúde, Ensino FundamentalResumo
O objetivo do estudo foi analisar as principais causas de afastamento dos professores da rede municipal de Uruguaiana-RS. Trata-se de um estudo descritivo documental, transversal, quantitativo, que analisou dados de docentes do 1º ao 9º ano das 16 escolas públicas municipais. Coletou-se dados sobre sexo, idade, data de admissão, CID/motivo de consulta, escola e mês/ano de entrega do atestado, entre julho/2018 e julho/2019. Para análise estatística utilizou-se médias, medianas, desvio padrão, frequências absolutas e relativas e o intervalo de confiança de 95% (IC95%), além do teste Qui-Quadrado, com p<0,05. Foram entregues 1.776 atestados em um ano, 33,3% dos professores tem 50,1 anos de idade ou mais, e 67,4% trabalham em escolas periféricas. A maioria dos motivos de adoecimento corresponde a: CIDs variados (29,9%), causas diversas (25,8%), acompanhamento familiar (17,3%) e problemas musculoesqueléticos (13,9%). Houve associação significativa entre o motivo de adoecimento docente e a maioria das variáveis, com exceção da localização da escola (p=0,387). Contudo, no período estudado, os professores de escolas periféricas adoeceram e se ausentaram mais. É possível concluir que a principal causa específica de afastamento dos docentes foram problemas relacionados à saúde musculoesquelética, sendo mais acentuada a entrega de atestados de tais patologias no segundo trimestre escolar. Também, que os problemas de saúde identificados nos atestados e que causaram os afastamentos dos professores, em sua maioria, estão associados com a faixa etária, tempo de trabalho na rede municipal de ensino, número de dias de atestado e período escolar.
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