FORMAÇÃO DOCENTE PARA O TRABALHO EM SAÚDE: O "NOTÓRIO SABER" E OUTRAS PROPOSTAS DE PRECARIZAÇÂO E FLEXIBILIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2019.107.276-287Palavras-chave:
trabalho docente; formação docente; políticas de formação docente; notório saberResumo
Na atual conjuntura política brasileira, caracterizada por forte ajuste fiscal, cortes orçamentários, reforma trabalhista e processos restritivos à manutenção plena de direitos conquistados tardiamente pela sociedade vinculam-se à redução da participação do Estado na área social e à precarização de políticas para áreas prioritárias, como a formação de trabalhadores e de seus professores. Neste estudo, problematizamos, em especial, as tentativas de flexibilização dos requisitos ao trabalho docente, bem como o esvaziamento da política de formação de professores que, enaltecendo o saber profissional construído na prática, secundarizam aspectos da formação que não estão presentes na vida cotidiana dos profissionais da área de saúde. Com apoio em Heller (1989) e outros, defendemos que a vida cotidiana, embora importante, não é a única esfera da vida social. Concluímos que as esferas não-cotidianas mais complexas, tal como as ciências, a filosofia, a política, por exemplo, resultado da experiência acumulada pela humanidade, podem ser decisivas no processo formativo de professores para produzir o questionamento sobre o pensar, o sentir e o agir em saúde, evitando-se que a vida cotidiana se hipertrofie em relação às outras esferas, perdendo-se o poder da reflexão e da crítica sobre a realidade em que se atua.
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