A Cidade-Espetáculo e as Favelas Visibilidade e Invisibilidade Social
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2011.85.91-115Resumen
Os jovens das periferias urbanas e, particularmente, aqueles que vivem em favelas têm seu cotidiano marcado pela combinação de vulnerabilidades: baixa escolaridade, convívio com grupos criminosos armados e preconceito. Embora correta, essa leitura não retrata com total fidelidade o papel importante que eles têm desempenhado na busca por visibilidade social, por meio da criação de grupos culturais e educacionais. Nas duas últimas décadas, eles se constituíram em um dos grupos socialmente mais ativos e participativos do país. Por isso, as propostas de redução de vulnerabilidades têm se utilizado da cultura como ferramenta de participação/mobilização, formação e transformação da autoimagem juvenil, tradicionalmente vinculada à incompletude e à carência, estigma que recai, principalmente, sobre os jovens de origem popular. Nesses contextos, a cultura tem funcionado como uma porta de entrada para o mundo da leitura, da educação formal e não formal, que podem ampliar sua rede de relações e repertório de conhecimentos, elementos fundamentais, entre outras coisas, para conseguir um trabalho decente, demanda central das juventudes atuais. O atual reconhecimento das culturas produzidas por jovens das periferias no entanto, pode ser o ponto de partida, mas não é o ponto de chegada na luta pela igualdade de direitos na cidade, uma vez que as mudanças no sistema de oportunidades sociais dependem de políticas públicas articuladas de educação, cultura e trabalho, que sejam capazes de atingir um maior número de jovens e, assim, ajudar a reverter a vulnerabilidade social vivenciada, de forma intensa, pelos jovens brasileiros das periferias.
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