Concepções de experimentação nos livros didáticos de Ciências
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2014.93.138-156Resumo
Para uma significação conceitual adequada no Ensino de Ciências é necessário conhecer como as concepções de experimentação são abordadas no livro didático, já que ele representa muitas vezes a principal, senão a única fonte de material didático impresso usado na sala de aula, em muitas escolas da rede pública de ensino, tornando-se um recurso básico para o aluno e para o professor no processo ensino e aprendizagem. Portanto, esse trabalho teve por objetivo avaliar as atividades experimentais presentes nos livros didáticos da área de ensino de Ciências constantes no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2011. Foram analisadas três coleções de livros didáticos, totalizando doze livros. Nestes livros, foram encontradas e selecionadas 225 atividades experimentais, que foram classificadas segundo os enfoques pedagógico (cognitivo, procedimental e motivacional) e metodológico (demonstração, verificação e descoberta). Posteriormente, foram reclassificadas sob as concepções: demonstrativa, empiricista-indutivista, dedutivista-racionalista e construtivista com base em autores de referência. A ideia de se trabalhar a experimentação em aulas de ciências é muito defendida na literatura vigente, mas a mesma nem sempre é trabalhada de forma adequada, sendo na maioria das vezes vista como apenas uma forma de comprovar teorias, repetir procedimentos ou motivar os alunos. Esta visão simplista de ciências, muitas vezes, ainda prevalece nos livros analisados, no lugar de atividades que privilegiem os aspectos cognitivos e reflexivos. As aulas experimentais deveriam propiciar aos alunos momentos de discussão, reflexão, construção e reconstrução de conhecimentos científico-escolares para torná-los capazes de entender, avaliar e criticar um mundo que está em constante transformação.
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