O Ensinar fazer ou o Ensinar Pensar para a Construção da Autonomia: Um Diálogo entre Paulo Freire e Edgar Morin
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2022.118.12153Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a origem e as especificidades do debate entre o ensinar pensar ou o ensinar fazer da escola a partir de um estudo realizado utilizando-se de fontes teóricas e bibliográficas dos caminhos epistemológicos da construção dos preceitos do ensinar fazer e do ensinar pensar. Metodologicamente a construção da análise deste artigo segue três caminhos sequenciados, analisar a formação histórica do sentido dado ao ensinar fazer como sinônimo de racionalidade; a crítica a este preceito e o desafio de ensinar pensar para a construção da autonomia, estabelecendo um diálogo teórico com Edgar Morin (2019; 1973; 1996; 2003) e Paulo Freire (9997; 1995; 1990). Conclui-se que este debate do papel da escola não se origina dentro dela própria, mas no âmbito social e político a partir de uma construção histórica envolvendo o processo da origem epistemológica da racionalidade moderna. A escola tem o compromisso social, historicamente construído, de ensinar o ser racional associado às raízes da modernidade e das relações capitalistas de produção. Assim, o saber que a escola utiliza como meio e como fim por si só está associado à sua utilidade prática, o que dificulta a prática docente do ensinar para pensar.
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