Um Palco Para o Conto de Fadas: Uma Experiência Teatral com Crianças na Educação Infantil
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2008.79.177-197Resumo
O presente artigo busca construir uma base epistemológica consistente para uma experiência teatral, exercida freqüente e organizadamente, com crianças pequenas de diferentes culturas, religiões e extratos sociais, numa creche institucional do Rio de Janeiro. Quer-se discutir a possibilidade de trabalhar dramaturgicamente os contos de fadas, partindo do pressuposto de que tais narrativas fantasiosas possuem umprofundo valor antropológico, social e histórico e que o exercício de sua encenação pode ser um instrumento de construção do conhecimento no espaço Creche, além de ajudar a criança a se constituir como sujeito livre, criativo e expressivo, compreendendo o contexto social no qual é inserida pelo nascimento, valorizando a aquisição do conhecimento sensível e a troca afetiva com o outro, reconhecendo-o como parceiro fundamental no desenvolvimento da linguagem, da consciência individual e
da cidadania. Inicialmente buscou-se diálogo com autores como Bakhtin, Benjamin, Bettelheim, Bourdieu, Fischer, verificando como a teoria se ancora na prática de encenação teatral com crianças de 0 a 6 anos. Foi considerado também o fato das Artes Cênicas desenvolver tanto a linguagem corporal (imagem) como o imaginário da criança. A conclusão desse estudo evidenciou a necessidade de se estabelecer um palco para o conto de fadas, no qual o contato com a narrativa fantasiosa e o exercício de sua encenação, possam contribuir para construção de alternativas sensíveis em contraponto ao conhecimento mais racional, sem, no entanto, negá-lo, para que a criança, desde pequena, aprenda a ver o mundo como algo a ser modificado no presente, posto que tem um passado, que pode ser revisto.
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