O Mercado Convencional da Banana: sujeição da agricultura familiar no Vale do Ribeira-SP
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2020.50.146-165Palavras-chave:
Desenvolvimento rural, Agricultura familiar, MercadoResumo
Os municípios do Vale do Ribeira apresentam os menores índices de desenvolvimento humano do estado de São Paulo. A principal atividade produtiva do território, a bananicultura, tem efeito significativo no indicador que avalia a geração de renda nesses municípios. Nesse contexto, o artigo visa dar enfasê ao entendimento do chamado “mercado convencional da banana”, procurando demostrar como a atuação de agentes intermediários neste mercado impõe limites à geração de renda na agricultura familiar. Para tanto, foram entrevistados seis gestores de organizações de produtores e trinta e oito produtores de bananas dos municípios de Miracatu e Sete Barras. Identificou-se a presença de agentes intermediários individuais locais e de empresas atacadistas. As empresas atacadistas possuem poder econômico de influenciar e determinar os preços pagos ao produtor, que de um modo geral, é considerado baixo por restringir significativamente a rentabilidade dos agricultores entrevistados. Ainda, os intermediários locais estabeleciam formas de relação com os produtores que criavam outras desvantagens, destacadamente o calote. Conclui-se que a comercialização de bananas no mercado convencional por meio de agentes intermediários inibe possibilidades de desenvolvimento econômico destes agricultores e, por consequência, de todo o território do Vale do Ribeira dependente da comercialização dessas frutas.
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