O papel das capacidades dinâmicas para a cocriação de valor no contexto do empreendedorismo feminino
DOI :
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2024.60.15726Mots-clés :
Cocriação de valor, Capacidades Dinâmicas, Empreendedorismo FemininoRésumé
O objetivo deste estudo é identificar como as capacidades dinâmicas contribuem para a cocriação de valor em empreendimentos femininos. Um modelo conceitual foi adaptado e aplicado no ambiente do empreendedorismo feminino por meio de uma abordagem qualitativa de entrevistas semiestruturadas. A partir dos resultados, descobriu-se que, embora as mulheres empreendedoras não visam, de maneira intencional, a estabelecer uma estratégia para cocriar valor com clientes, parceiros e fornecedores, esse é um fato que ocorre naturalmente conforme as demandas do dia a dia, e que se dá pelo engajamento social das mulheres na sociedade. A espontaneidade favorece que as capacidades dinâmicas sejam propulsoras para a cocriação de valor, quando as empreendedoras se orientam para o aprendizado e para o alinhamento de objetivos. Isso pode contribuir para que os empreendimentos pesquisados se sustentem em meio ao dinamismo do mercado. Por outro lado, a fraca organização dos processos dinâmicos impede a obtenção de vantagem competitiva. As empreendedoras que souberem transformar tais recursos em uma estratégia relacional poderão levar seus empreendimentos a um outro patamar no ambiente de negócios.
Références
AKAKA, M. A.; VARGO, S. L.; WIELAND, H. Extending the context of innovation: the co-creation and institutionalization of technology and markets. Innovating in practice: Perspectives and experiences. [S. l.]: [s. n.], 2017. p. 43-57. DOI:10.1007/978-3-319-43380-6_3
AUGIER, M.; TEECE, D. J. Strategy as Evolution with Design: The Foundations of Dynamic Capabilities and the Role of Managers in the Economic System. Organization Studies, v. 29, n. 8-9, p. 1.187-1.208, 2008.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3. ed. Lisboa, Portugal: Edições 70, 2016.
BOGERS, M. et al. Strategic management of open innovation: A dynamic capabilities perspective. California Management Review, v. 62, n. 1, p. 77-94, 2019.
BUTTNER, E. H.; MOORE, D. P. Women's organizational exodus to entrepreneurship: self-reported motivations and correlates with success. Journal of Small Business Management, v. 35, p. 34-46, 1997.
CARDELLA, G. M.; HERNÁNDEZ-SÁNCHEZ, B. R.; SÁNCHEZ-GARCÍA, J. C. Women entrepreneurship: A systematic review to outline the boundaries of scientific literature. Frontiers in Psychology, v. 11, p. 1.557, 2020.
DAWA, S. et al. Entrepreneurial competences and growth of female-owned enterprises: the mediation role of absorptive capacity. International Journal of Gender and Entrepreneurship, 2021.
FABRIZIO, C. M. et al. Competitive advantage and dynamic capability in small and medium-sized enterprises: A systematic literature review and future research directions. Review of Managerial Science, v. 16, n. 3, p. 617-648, 2022.
GEM. Global Entrepreneurship Monitor. 2018/2019 Global Report. 2019. p. 152. Disponível em: https://www.gemconsortium.org/report/gem-2018-2019-global-report
KIM, M.; SONG, J.; TRICHE, J. Toward an integrated framework for innovation in service: A resource-based view and dynamic capabilities approach. Information Systems Frontiers, v. 17, n. 3, p. 533-546, 2015.
LIU, Y.; ZHAO, X. Successful implementation of value-based selling: a value co-creation and dynamic capabilities perspective. Journal of Business and Industrial Marketing, v. 36, n. 3, p. 372-389, 2020.
MACHADO, H. V. Tendências do comportamento gerencial da mulher empreendedora. In: ENCONTRO ANUAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 23., 1999, Foz do Iguaçu. Anais [...]. Foz do Iguaçu: Enanpad, 1999. 1 CD-ROM.
MARQUES, C. et al. The formal-informal dilemma for women micro-entrepreneurs: evidence from Brazil. Journal of Enterprising Communities: People and Places in the Global Economy, v. 14, n. 5, p. 665-685, 2018.
PAYNE, A.; STORBACKA, K.; FROW, P. Managing the co-creation of value. Journal of the Academy of Marketing Science, v. 36, n. 1, p. 83-96, 2008.
PENG, Y.-P.; LIN, K.-H. The effect of global dynamic capabilities on internationalizing SMEs performance: Organizational culture factors as antecedents. Baltic Journal of Management, v. 12, n. 3, p. 307-328, 2017.
PRAHALAD, C. K.; RAMASWAMY, V. Co-creation experiences: The next practice in value creation. Journal of Interactive Marketing, v. 18, n. 3, p. 5-14, 2004.
PREIKSCHAS, M. W. et al. Value co-creation, dynamic capabilities and customer retention in industrial markets. Journal of Business and Industrial Marketing, v. 32, n. 3, p. 409-420, 2017.
RAMASWAMY, V.; OZCAN, K. What is co-creation? An interactional creation framework and its implications for value creation. Journal of Business Research, v. 84, p. 196-205, 2018.
SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Características do empreendedor. 2011 Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei
SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Empreendedorismo feminino como tendência de negócios. Salvador, BA. 2019 Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/BA/Anexos/Empreendedorismo_feminino_como_tend%C3%AAncia_de_neg%C3%B3cios.pdf
SHAMS, S. M. R.; KAUFMANN, H. R. Entrepreneurial co-creation: a research vision to be materialised. Management Decision, v. 54, n. 6, p. 1.250-1.268, 2016.
STORBACKA, K. et al. Actor engagement as a microfoundation for value co-creation. Journal of Business Research, v. 69, n. 8, p. 3.008-3.017, 2016.
TEECE, D.; LEIH, S. Uncertainty, innovation, and dynamic capabilities: An introduction. California Management Review, v. 58, n. 4, p. 5-12, 2016.
TEECE, D. J. Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, v. 28, n. 13, p. 1.319-1.350, 2007.
TEECE, D. J.; PISANO, G.; SHUEN, A. Dynamic Capabilities and Strategic Management. Strategic Management Journal, v. 18, n. 7, p. 509-533, 1997.
VAN RYZIN, G. G. et al. Portrait of the social entrepreneur: Statistical evidence from a US panel. Voluntas: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, v. 20, p. 129-140, 2009.
VARGO, S.; LUSCH, R. Service-dominant logic: continuing the evolution. Journal of the Academy of Marketing Science, v. 36, n. 1, p. 1-10, 2008.
VARGO, S. L.; LUSCH, R. F. Evolving to a New Dominant Logic for Marketing. Journal of Marketing, v. 68, n. 1, p. 1-17, 2004.
VARGO, S. L.; LUSCH, R. F. Service-dominant logic 2025. International Journal of Research in Marketing, v. 34, n. 1, p. 46-67, 2017.
WANG, C. L.; AHMED, P. K. Dynamic capabilities: A review and research agenda. International Journal of Management Reviews, v. 9, n. 1, p. 31-51, 2007.
WANG, W. et al. Uncertain environment, dynamic innovation capabilities and innovation strategies: A case study on Qihoo 360. Computers in Human Behavior, v. 95, p. 284-294, 2019.
WILDEN, R. et al. The role of cocreation and dynamic capabilities in service provision and performance: A configurational study. Industrial Marketing Management, v. 78, p. 43-57, 2019.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Desenvolvimento em Questão 2024

Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Ao publicar na Revista Desenvolvimento em Questão, os autores concordam com os seguintes termos:
Os trabalhos seguem a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato;
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, inclusive comercial.
Essas permissões são irrevogáveis, desde que respeitados os seguintes termos:
Atribuição — Atribuição — os autores devem ser devidamente creditados, com link para a licença e indicação de eventuais alterações realizadas.
Sem restrições adicionais — não podem ser aplicadas condições legais ou tecnológicas que restrinjam o uso permitido pela licença.
Avisos:
A licença não se aplica a elementos em domínio público ou cobertos por exceções legais.
A licença não garante todos os direitos necessários para usos específicos (ex.: direitos de imagem, privacidade ou morais).
A revista não se responsabiliza pelas opiniões expressas nos artigos, que são de exclusiva responsabilidade dos autores. O Editor, com o apoio do Comitê Editorial, reserva-se o direito de sugerir ou solicitar modificações quando necessário.
Somente serão aceitos artigos científicos originais, com resultados de pesquisas de interesse que não tenham sido publicados nem submetidos simultaneamente a outro periódico com o mesmo objetivo.
A menção a marcas comerciais ou produtos específicos destina-se apenas à identificação, sem qualquer vínculo promocional por parte dos autores ou da revista.
Contrato de Licença (para artigos publicados a partir de 2025): Os autores mantêm os direitos autorais sobre seu artigo, e concedem a Revista Desenvolvimento em Questão o direito de primeira publicação.