O Hiato Salarial entre Homens e Mulheres na Administração Pública Brasileira
DOI :
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2022.58.11455Mots-clés :
Hiato Salarial; Servidor Público; Discriminação Salarial.Résumé
A discussão sobre a dinâmica da relação de rendimentos dentro do setor público indica uma lacuna teórica de estudos. O presente trabalho tem como objetivo identificar a existência de discriminação salarial entre homens e mulheres no setor público brasileiro. O estudo é realizado a partir da base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua referente ao primeiro trimestre do ano de 2018. As variáveis utilizadas na pesquisa referem-se àquelas que podem afetar a renda do servidor: educação medida em nível de escolaridade, idade, cor (branco e não branco), sexo (feminino e masculino), residência (rural e urbano), horas trabalhadas. Utiliza-se o método de regressão com variáveis binárias para a estimação do hiato salarial entre os servidores públicos. Os resultados mostram que as mulheres obtêm rendimentos brutos em média 27% menores que seus colegas homens. Em contrapartida, as servidoras públicas alcançam incrementos salariais proporcionalmente maiores por meio do aumento do nível de escolaridade. Verificou-se uma dupla discriminação sofrida pelas mulheres nas três esferas de governo (Município, Estado e União) ao se evidenciar a diferença salarial auferida pelas mulheres comparadas aos homens e, também às mulheres não brancas comparadas àquelas de cor branca ao ter um acréscimo de 14% no Município e 16% no Estado em comparação com a mulher não branca. Conclui-se que há discriminação salarial no serviço público brasileiro, e o setor público não possui características de ser mais igualitário e propício às carreiras das mulheres.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Desenvolvimento em Questão 2022

Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Ao publicar na Revista Desenvolvimento em Questão, os autores concordam com os seguintes termos:
Os trabalhos seguem a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato;
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, inclusive comercial.
Essas permissões são irrevogáveis, desde que respeitados os seguintes termos:
Atribuição — Atribuição — os autores devem ser devidamente creditados, com link para a licença e indicação de eventuais alterações realizadas.
Sem restrições adicionais — não podem ser aplicadas condições legais ou tecnológicas que restrinjam o uso permitido pela licença.
Avisos:
A licença não se aplica a elementos em domínio público ou cobertos por exceções legais.
A licença não garante todos os direitos necessários para usos específicos (ex.: direitos de imagem, privacidade ou morais).
A revista não se responsabiliza pelas opiniões expressas nos artigos, que são de exclusiva responsabilidade dos autores. O Editor, com o apoio do Comitê Editorial, reserva-se o direito de sugerir ou solicitar modificações quando necessário.
Somente serão aceitos artigos científicos originais, com resultados de pesquisas de interesse que não tenham sido publicados nem submetidos simultaneamente a outro periódico com o mesmo objetivo.
A menção a marcas comerciais ou produtos específicos destina-se apenas à identificação, sem qualquer vínculo promocional por parte dos autores ou da revista.
Contrato de Licença (para artigos publicados a partir de 2025): Os autores mantêm os direitos autorais sobre seu artigo, e concedem a Revista Desenvolvimento em Questão o direito de primeira publicação.