Rio Araguaia e a bioeconomia azul: Alternativa de desenvolvimento para o Tocantins, Amazônia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2025.63.16798Palabras clave:
Bioeconomia Azul, Rio Araguaia, Análise RegionalResumen
Este estudo analisou a relação entre o Rio Araguaia no estado do Tocantins, Amazônia brasileira, e a Bioeconomia Azul, aplicando uma metodologia baseada em estudos correlatos, dados secundários, Quociente Locacional (QL) e estatística ANOVA. Esse procedimento permitiu a realização de comparações com o sul do rio Tocantins, cuja dinâmica contrasta com a do Araguaia. Os resultados mostram que o vínculo entre o Araguaia e a Bioeconomia Azul se consolida na exploração turística das paisagens, especialmente nos municípios de Araguacema e Caseara, gerando emprego e renda, e na preservação dos saberes locais, evidenciada pela pesca tradicional nas comunidades. A integração dessas atividades seria uma alternativa de desenvolvimento regional, desde que se resolvam os frequentes conflitos territoriais, originados por um histórico de descaso e decisões equivocadas das autoridades.
Citas
ANA. Catálogo de metadados da ANA (2017). Disponível em: https://metadados.snirh.gov.br/. Acesso em: 26 de abril de 2024.
BOGADÓTTIR, R. Blue Growth and its discontents in the Faroe Islands: An island perspective on Blue (De)Growth, sustainability, and environmental justice. Sustainability Science, v. 15, p. 103-115, 2020. DOI: 10.1007/s11625-019-00763-z.
BORGES, M. S.; SOUSA, E. S.; PEREIRA, F. A. A.; SANTOS, M. G.; OLIVEIRA, L. A. O. Conflitos e contradições na governança da Bacia do Rio Formoso - Tocantins - Brasil. RBGDR, Taubaté-SP, v.19, n. 3, p. 122-146, 2023. DOI: 10.54399/rbgdr.v19i3.6607
BRAUDES-ARAÚJO, N. B.; CARVALHO, R. A.; TEJERINA-GARRO, F. L. Pesca amadora e turismo no Médio Rio Araguaia, Brasil Central. Fronteiras, Anápolis-GO, v. 5, n. 3, p. 136-150, 2016. DOI: 10.21664/2238-8869.2016v5i3.p136-150.
BRITO, E. P.; SHIMASAKI, M. M. A pesca artesanal no baixo rio Araguaia em Araguatins, Tocantins, Brasil. Rev. Geog. Amer. Central, Heredia-Costa Rica, v. 67, n. 2, p. 220-240, 2021. DOI:10.15359/rgac.67-2.9.
DANTAS, M. E.; SHINZATO, E.; CARVALHO FILHO, A.; LUMBRERAS, J. F.; TEIXEIRA, W. G.; ROCHA, M. G.; MACHADO, M. F. Origem das paisagens do Estado do Tocantins. In: ROCHA, M. G. Geodiversidade do Estado do Tocantins. Goiânia-GO: CPRM, Cap. 4, p. 47-84, 2019.
DINIZ, C. C. A questão regional e as políticas governamentais no Brasil. Texto para Discussão n.159. Belo Horizonte-MG: FACE/CEDEPLAR/UFMG, 2001. Disponível em: https://www.cedeplar.ufmg.br/pesquisas/td/TD%20159.pdf Acesso em: 26 de abril de 2024.
EUROPEAN INVESTMENT BANK. Clean oceans and the blue economy – Overview. Luxembourg: EU, 2022. Disponível em: https://www.eib.org/attachments/lucalli/20220311-clean-oceans-and-the-blue-economy-overview-2023.pdf. Acesso em: 20 de março de 2024.
FAO. Blue growth initiative: Partnering with countries to achieve the Sustainable Development Goals - SDG. Rome-ITA: FAO, 2017. Disponível em: https://openknowledge.fao.org/server/api/core/bitstreams/858effa4-ffe7-467f-8b1c 8260f00b79b1/content. Acesso em: 26 de março de 2024.
FLORES, R. M. V.; PEDROZA FILHO, M. X.; AMBRÓSIO, L. D.; REBELATTO JUNIOR, I. A. Avaliação dos fatores socioeconômicos ligados à implantação de parques aquícolas: um estudo do reservatório de Peixe Angical, Tocantins. Documentos 29. Palmas-TO: Embrapa Pesca e Aquicultura, 2016. Disponível em: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1056400. Acesso em: 20 de março de 2024.
GOLDENBERG, J.; PRADO, L. T. S. Reforma e crise do setor elétrico no período FHC. Tempo soc., 2003. DOI:10.1590/S0103-20702003000200009.
GRAZIANO, M.; ALEXANDER, K. A.; LIESCH, M.; LEMA, E.; TORRES, J. A. Understanding an emerging economic discourse through regional analysis: Blue economy clusters in the U.S. Great Lakes basin. Applied Geography, v. 105, p. 111-123, 2019. DOI: 10.1016/j.apgeog.2019.02.013.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. REGIC – Região de influência das cidades (2018). Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/redes-e-fluxos-geograficos/15798-regioes-de-influencia-das-cidades.html. Acesso em: 20 de abril de 2024.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produto Interno Bruto dos Municípios (2021). Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pib-munic/tabelas. Acesso em: 25 de abril de 2024.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico (2022). Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/4714. Acesso em: 21 de abril de 2024.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Bases cartográficas contínuas (2023). Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/bases-cartograficas-continuas.html. Acesso em: 26 de abril de 2024.
KAUFMANN, J. Analysis of Variance - ANOVA. Berlin-GER: Wiley Encyclopedia of Clinical Trials, 2007.
LATRUBESSE, E. M.; STREAVAUX, J. C. Geomorphology and environmental aspects of the Araguaia fluvial basin, Brazil. Z. Geomorph N.F., Berlin-GER, Supplementband n.29, p. 109-127, 2002. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Edgardo-Latrubesse/publication/285913006_Geomorphology_and_environmental_aspects_of_the_Araguaia_fluvial_basin_Brazil/links/566ecc1008ae430ab5003889/Geomorphology-and-environmental-aspects-of-the-Araguaia-fluvial-basin-Brazil.pdf> Acesso em: 2 de abril de 2024.
LIMA, J. F. Economia territorial: teoria e indicadores. Campina Grande: EdUEPB, 2022.
LOPES, D. B.; EULLER, A. M. C.; FERREIRA, J. N.; VALENTIM, J. F.; WADT, L. H. O; KANASHIRO, M.; PORRO, R.; GOIS, S. L. L. Visões sobre bioeconomia na Amazônia: oportunidades e desafios para a atuação da Embrapa. Documentos 10. Brasília-DF: Embrapa, 2023. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1155733/visoes-sobre-bioeconomia-na-amazonia-oportunidades-e-desafios-para-a-atuacao-da-embrapa>. Acesso em: 10 de abril de 2024.
MAGALHÃES, C. Viagem ao Araguaia. Goiânia-GO: Kelps, 2016.
MALDANER, K. L. S.; AKAMA, A. Os atingidos por barragens do Rio Tocantins: perdas simbólicas e materiais dos afetados pela UHE Peixe Angical. DELOS - Desarrollo Local Sostenible, v. 12, n. 34, p. 1-14, 2019. Disponível em: <https://ojs.revistadelos.com/ojs/index.php/delos/article/view/546>. Acesso em: 19 de abril de 2024.
MAPBIOMAS PROJECT. Land cover and changes in municipalities and biomes – Collection 8 (2023). Disponível em: <https://brasil.mapbiomas.org/estatisticas/> Acesso em: 26 de abril 2024.
MELLO, N. A. Políticas territoriais na Amazônia. São Paulo: Annablume, 2006.
O ECO. UH Santa Isabel: Licitada há 10 anos e devolvida à União. 2013. Disponível em: https://oeco.org.br/salada-verde/27473-uh-santa-isabel-licitada-ha-10-anos-e-devolvida-a-uniao/. Acesso em: 3 de dezembro de 2024.
OLIVEIRA, T. J. A.; PIFFER, M. Do Sudeste da Amazônia Legal ao Centro Norte: as transformações econômicas espaciais. Rev. Bras. Estud. Urbanos Reg. (ANPUR), Recife-PE, 19, n. 1, p. 164-178, 2017. DOI: 10.22296/2317-1529.2017v19n1p164
PALHETA, I. G. V.; BATISTA, L. C.; MIRANDA, M. E.; GIULIETTI, N. As políticas de irrigação no Nordeste: uma análise crítica. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo-SP, v.5, p. 39-46, 2011. DOI: 10.7154/RDG.1991.0005.0005
PARENTE, T. G. Fundamentos teóricos do Estado do Tocantins. Goiânia: UFG, 2007.
PARENTE, E. B.; SILVA, M. M.; LIMA, D. G. O veraneio em Conceição do Araguaia (PA): relações afetivas e o cancelamento do evento na pandemia. Revista Espaço e Geografia, Brasília-DF, n.25, n.1, 2022. DOI:10.26512/2236-56562022e42766
PLEYM, I. E.; SVORKEN, M.; KVALVIK, I. The Norwegian bioeconomy strategy and the way forward for Blue Growth. Arctic Review on Law and Politics, v.12, p. 238-244, 2021. DOI: 10.23865/arctic.v12.3341.
POMINOVA, M.; GABE, T.; CRAWLEY, A. The stability of location quotients. Review of Regional Studies, n.52, p.296-320, 2022. DOI: 10.52324/001c.66197.
PRADO JÚNIOR, C. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2012. 43ª ed.
PRYSTHON, A.; UMMUS, M. E.; TARDIVO, T. F.; PEDROZA FILHO, M. X.; CHICRALA, P. C. M. S.; KATO, H. C. A; DIAS, C. R. G.; PAZ, L. R. S. A pesca artesanal no rio Araguaia, Tocantins, Brasil: aspectos tecnológicos e socioeconômicos. Rio de Janeiro-RJ: e-Publicar, 2022. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1141087/a-pesca-artesanal-no-rio-araguaia-tocantins-brasil-aspectos-tecnologicos-e-socioeconomicos> Acesso em: 29 de abril de 2024.
SILVA, A. P da; MUNOZ, A. E. P.; PORRO, R.; MENDES, O. R.; SILVA, F. O.; COSTA, A. C. A importância da participação na eleição de problemas prioritários da pesca artesanal no médio Araguaia, Tocantins, Brasil. In: Foro Iberoamericano de los Recursos Marinos y La Acuicultura, 12, 2023. Por la sostenibilidad de los recursos acuáticos y a acuicultura en el marco de la economía azul. Las Palmas de Gran Canaria, España: Ediciones Afrimar-Afirma, 2024. p. 726-741.
RAIS. Relação Anual de Informações Sociais. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (2006-2022). Disponível em: <http://www.rais.gov.br/sitio/index.jsf. Acesso em 25 de abril de 2024.> Acesso em: 11 de abril de 2024.
SEPLAN/TO. GeoPortal da Secretaria do Planejamento e Orçamento do Estado do Tocantins (2019). Disponível em: <https://geoportal.to.gov.br/gvsigonline/>. Acesso em: 11 de abril de 2024.
SIEDENBERG, D. R. Indicadores de Desenvolvimento Socioeconômico: uma síntese. Desenvolvimento em Questão, v.1, n.1, p.45–71. DOI: 10.21527/2237-6453.2003.1.45-71
SITE-AQUICULTURA. Geoweb - Sistema de Inteligência Territorial Estratégica para Aquicultura (2020). Disponível em: <https://www.embrapa.br/site-aquicultura>. Acesso em: 26 de abril de 2024.
SWANSON, A. C.; BOHLMAN, S. Cumulative impacts of land cover change and dams on the land-water interface of the Tocantins River. Front. Environ. Sci, v.9, 2021. DOI: 10.3389/fenvs.
TIAN, Z. Measuring agglomeration using the standardized Location Quotient with Bootstrap Method. Journal of Regional Analysis and Policy, v. 43, n. 1, p. 186-197, 2013. DOI: 10.22004/ag.econ.243958.
VERGARA, R. M. O.; LUZ, R. A.; FIGUEROA, F. E. V. Dinâmica da ocupação e formação do território na região do médio Araguaia, no sudoeste tocantinense e a expansão da produção de grãos. Campo-Território: Revista de Geografia Agrária, Uberlândia-MG, v.18, n. 49, p.120-139, 2023. DOI: 10.14393/RCT184967164
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Thiago Arruda, Marta Eichemberger Ummus, Rodolfo Alves da Luz, Andrea Elena Pizarro Munoz, Kennedy Douglas Leocadio Vasco
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Ao publicar na Revista Desenvolvimento em Questão, os autores concordam com os seguintes termos:
Os trabalhos seguem a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato;
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, inclusive comercial.
Essas permissões são irrevogáveis, desde que respeitados os seguintes termos:
Atribuição — Atribuição — os autores devem ser devidamente creditados, com link para a licença e indicação de eventuais alterações realizadas.
Sem restrições adicionais — não podem ser aplicadas condições legais ou tecnológicas que restrinjam o uso permitido pela licença.
Avisos:
A licença não se aplica a elementos em domínio público ou cobertos por exceções legais.
A licença não garante todos os direitos necessários para usos específicos (ex.: direitos de imagem, privacidade ou morais).
A revista não se responsabiliza pelas opiniões expressas nos artigos, que são de exclusiva responsabilidade dos autores. O Editor, com o apoio do Comitê Editorial, reserva-se o direito de sugerir ou solicitar modificações quando necessário.
Somente serão aceitos artigos científicos originais, com resultados de pesquisas de interesse que não tenham sido publicados nem submetidos simultaneamente a outro periódico com o mesmo objetivo.
A menção a marcas comerciais ou produtos específicos destina-se apenas à identificação, sem qualquer vínculo promocional por parte dos autores ou da revista.
Contrato de Licença (para artigos publicados a partir de 2025): Os autores mantêm os direitos autorais sobre seu artigo, e concedem a Revista Desenvolvimento em Questão o direito de primeira publicação.
