Nem Tudo que Reluz é Ouro: Os Desafios de Cooperativas Minerais em Minas Gerais

Autores

  • Alex dos Santos Macedo Universidade Federal de Lavras
  • Maria de Lourdes Souza Oliveira Universidade Federal de Lavras - UFLA
  • Alan Ferreira de Freitas Universidade Federal de Viçosa - UFV
  • Alair Ferreira de Freitas Universidade Federal de Viçosa - UFV

DOI:

https://doi.org/10.21527/2237-6453.2016.36.220-248

Palavras-chave:

Poder Público, Mineração, Garimpo, Cooperativas Minerais

Resumo

As áreas de mineração e garimpo representam um problema complexo para a gestão pública no Brasil, uma vez que se notam questões ligadas à vulnerabilidade ambiental, social e econômica. A prioridade dado pelo Estado às cooperativas minerais na Constituição Federal de 1988 na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas minerais garimpáveis marca um processo de tentativa estatal de regularizar, normatizar, incentivar a regularização da mineração ilegal em pequena escala, onde o garimpo se apresenta. Portanto, a motivação para a realização deste estudo surgiu no sentido de desvendar os principais desafios enfrentados pelas cooperativas do ramo mineral em operacionalizarem as atividades de mineração em Minas Gerais. Para tanto, buscamos por meio de estudo de caso compreender o funcionamento de duas organizações deste setor, a Uniquartz de Corinto e a Microminas de Córrego Fundo. Em termos de caminhos metodológicos, nosso estudo foi caracterizado como teórico-empírico, do tipo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa e método de estudo multicascos. Os resultados do estudo apontam que os desafios de funcionamento das duas cooperativas perpassam pelos problemas políticos institucionais, de acesso ao crédito, os de ordem técnico-operacional e socioculturais. Essas questões impactam no funcionamento destas organizações, que em algumas medidas, acabam funcionamento pontualmente para resolver um problema estrutural.

Biografia do Autor

Alex dos Santos Macedo, Universidade Federal de Lavras

Mestre em Administração pela Universidade Federal de Lavras e Bacharel em Gestão de Cooperativas pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atualmente é Analista de Desenvolvimento Cooperativo do Sistema OCEPAR.

Maria de Lourdes Souza Oliveira, Universidade Federal de Lavras - UFLA

Graduação em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (1980); especialização em 1982 no I Curso Internacional de Planejamento e Desenvolvimento Rural Integrado em Salvador em parceria SEPLANTEC/ CEPAL; especialização em Associativismo Rural.no Departamento de Educação da UFPE (1989); mestrado em Administração e Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal de Lavras (1995) ; doutorado em Desenvolvimento,Agricultura e Sociedade UFRRJ/CPDA (2006). Atualmente é professora adjunto IV da UFLA, concursada em 1998 atuando na graduação com as disciplinas de Fundamentos de Extensão e Relações de Gênero no mundo do trabalho. No Programa de Pós Graduação em Administração trabalha com a disciplina Relações de Gênero e Processos de Trabalho. No Mestrado Profissional em Desenvolvimento Sustentável e Extensão trabalha como coordenadora e com as disciplinas Concepções Contemporâneas de Extensão e Processos de mediação e Relações de gênero e Processos de Empoderamento

Alan Ferreira de Freitas, Universidade Federal de Viçosa - UFV

Professor Assistente II do Departamento de Administração e Contabilidade da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Realiza pesquisas na área de Ciências Sociais Aplicadas, principalmente com as temáticas: Administração pública, políticas públicas, Gestão Social, Cooperativismo e processos de desenvolvimento territorial. É coordenador de projetos de pesquisa e de extensão universitária.

Alair Ferreira de Freitas, Universidade Federal de Viçosa - UFV

É Doutor em Administração pelo Cepead/FACE/UFMG. Tem mestrado em Extensão Rural e graduação em Gestão de Cooperativas, ambos pela UFV. É professor do Departamento de Educação da UFV, no curso de Licenciatura em Educação do Campo. É membro-pesquisador do Observatório Mineiro do Cooperativismo. Coordenador Adjunto do GT Cooperativismo e Associativismo da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural. Desenvolve trabalhos nas áreas de Administração e Sociologia, com ênfase nos seguintes temas: Cooperativismo e organizações econômicas da agricultura familiar, Políticas Públicas e Desenvolvimento Rural.

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Publicado

2016-10-18

Como Citar

Macedo, A. dos S., Oliveira, M. de L. S., Freitas, A. F. de, & Freitas, A. F. de. (2016). Nem Tudo que Reluz é Ouro: Os Desafios de Cooperativas Minerais em Minas Gerais. Desenvolvimento Em Questão, 14(36), 220–248. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2016.36.220-248

Edição

Seção

Artigos