Assistência pré-natal e hipertensão arterial sistêmica prévia em mulheres com pré-eclâmpsia
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.14921Palavras-chave:
pré-eclâmpsia, assistência pré-natal, gestantes, hipertensãoResumo
A síndrome hipertensiva na gravidez se tornou um grave problema de saúde mundial, resultando em altas taxas de hospitalização. O objetivo foi caracterizar as mulheres com pré-eclâmpsia atendidas em uma maternidade pública. Estudo transversal retrospectivo com gestantes em uma maternidade pública do Piauí hospitalizadas entre 2017 e 2021 com a Classificação Internacional de Doenças (CID)-10 O14. A amostra foi de 186 prontuários. Utilizadas medidas de tendência central, separatrizes, frequências simples e relativas, teste qui-quadrado com p<0,05. A medida de efeito das variáveis independentes nos desfechos foi a Razão de Prevalência (RP), medida por meio de regressão de Poisson. À caracterização clínica e obstétrica, observou-se que 70,6% eram multigestas, 37,5% eram nulíparas e 17,7% já tiveram algum tipo de aborto e a maioria dos partos foi parto cesárea (76,2%). Um total de 85,7% das gestantes fez pré-natal e 38,4% tiveram até 6 consultas pré-natais, sendo que 31% das gestantes realizaram a primeira consulta no terceiro trimestre de gestação. Com relação à associação das características clínicas com a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) prévia, comparado ao termo completo, a idade gestacional pré-termo eleva as chances de HAS prévia em 2,78 vezes Já acerca das características clínicas e às intercorrências pós-parto, em relação ao termo, nascimentos pré-termo aumentam a prevalência das intercorrências pós-parto em 5,0 vezes. A prevalência da hipertensão arterial sistêmica prévia foi de 20,6%. Sobre a avaliação da assistência pré-natal, 85,7% relataram ter feito pré-natal, sendo que 38,4% referiram ter realizado até 6 consultas. Além disso, um percentual de 31% relatou início tardio do pré-natal.
Referências
1. Pereira GT, Santos AAP dos, Silva JM de O e, Nagliate P de C. Epidemiological profile of maternal mortality due to hypertension: situational analysis of a northeastern state between 2004 and 2013. Rev. Res. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online) [Internet]. 2017 Jul 11 [cited 2024 Sep 04];9(3):653-8. Available at: https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/5526
2. Vale É de L, Cunha de Menezes LC, Bezerra INM, Frutuoso ES, Silva Gama ZA da, Wanderley VB, et al. Improving the quality of care for gestational hypertension in intensive care. Avances in Nursing. 2020 [cited 2024 Sep 04];38(1):55–65. Available at: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-45002020000100055&lng=en.
3. Oliveira AC, Machado BC, Oliveira CF, Schneider FCC de A, Caixeta FC, Martins GS, et al. Epidemiological profile of pregnant women with eclampsia admitted in Cuiabá hospitals from 2008 to 2017. J Health Sci [Internet]. 2019 [cited 2023 Jan 04];21(4):414–6. Available from: https://seer.pgsskroton.com/index.php/JHealthSci/article/view/6758 . DOI: https://doi.org/10.17921/2447-8938.2019v21n4p414-6
4. Albert Einstein Brazilian Israelite Charitable Society. Technical note for organizing the health care network with a focus on primary health care and specialized outpatient care: women's health during pregnancy, childbirth, and puerperium [Internet]. São Paulo: Ministry of Health;2019 [cited 05 Jan 2023]. 56 p. Available at: https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/upload/arquivos/202001/03091259-nt-gestante-planificasus.pdf .
5. Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa AD de M, et al. Brazilian Guidelines for Hypertension – 2020. Arq Bras Cardiol 2021 [cited 2024 Sep 04];116(3):516–658. Available from: https://doi.org/10.36660/abc.20201238
6. World Health Organization. World Hypertension Day 2022 [Internet]. Geneva: WHO; 2021 [cited 08 Jan 2023]. Available at: https://www.paho.org/pt/campanhas/dia-mundial-da-hipertensao-2022 .
7. Brazil. Ministry of Health. Secretariat of Primary Health Care. Department of Programmatic Actions. High-Risk Pregnancy Manual . Brasília: MS; 2022.
8. Brazilian Federation of Gynecology and Obstetrics Associations. Preeclampsia. FEBRASGO guidelines and recommendations series [Internet]. 2017 [cited 06 Jan 2023];8. Available at: c hrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/12-PRE_ECLAyMPSIA.pdf.
9. Ferreira ETM, Moura NS,Gomes MLS,Silva EG,Guerreiro MGS,Oriá MOB. Maternal characteristics and risk factors for preeclampsia in pregnant women. Rev Rene [Internet].2019 [cited 2023 Jan 6];20. Available from: https://www.redalyc.org/journal/3240/324058874027/html/ . DOI: 10.15253/2175-6783.20192040327.
10. Arechvo A, Voicu D, Gil MM, Syngelaki A, Akolekar R, Nicolaides KH. Maternal race and pre-eclampsia: Cohort study and systematic review with meta-analysis. BJOG. 2022;129(12):2082–93.
11. Fasanya HO, Hsiao CJ, Armstrong-Sylvester KR, Beal SG. A critical review on the use of race in understanding racial disparities in preeclampsia. J Appl Lab Med 2021;6(1):247–56.
12. Jacob LM da S, Santos AP, Lopes MHB de M, Shimo AKK. Socioeconomic, demographic and obstetric profile of pregnant women with Hypertensive Syndrome in a public maternity hospital. Rev Gaucha Enferm [Internet]. 2020 [cited 03 Jan 2023];41:e20190180. Available at: https://www.scielo.br/j/rgenf/a/6v85SkvTQmmwngp9z6rwgqQ/?lang=en#. DOI: 10.1590/1983-1447.2020.20190180
13. Mattsson K, Juárez S, Malmqvist E. Influence of Socio-economic factors and region of birth on the risk of preeclampsia in Sweden. Int J Environ Res Public Health. 2022;19(7):4080.
14. Soomro S, Kumar R, Lakhan H, Shaukat F. Risk factors for pre-eclampsia and eclampsia disorders in tertiary care center in Sukkur, Pakistan. Cureus [Internet]. 2019 [cited 04 Jan 2023];11(11):e6115. Available at: https://www.cureus.com/articles/24452-risk-factors-for-pre-eclampsia-and-eclampsia-disorders-in-tertiary-care-center-in-sukkur-pakistan#!/metrics. DOI: 10.7759/cureus.6115
15. Lisonkova S, Bone JN, Muraca GM, Razaz N, Wang LQ, Sabr Y, et al. Incidence and risk factors for severe preeclampsia, hemolysis, elevated liver enzymes, and low platelet count syndrome, and eclampsia at preterm and term gestation: a population-based study. Am J Obstet Gynecol. 2021;225(5):538.e1-538.e19.
16. Zhang N, Tan J, Yang H, Khalil RA. Comparative risks and predictors of preeclamptic pregnancy in the Eastern, Western and developing world. Biochem Pharmacol [Internet]. 2020 [cited 05 Jan 2023];182(114247):114247. Available at: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32986983/. DOI:10.1016/j.bcp.2020.114247
17. Poon LC, Shennan A, Hyett JA, Kapur A, Hadar E, Divakar H, et al. The International Federation of Gynecology and Obstetrics (FIGO) initiative on pre-eclampsia: A pragmatic guide for first-trimester screening and prevention. Int J Gynaecol Obstet [Internet]. 2019 [cited 03 Jan 2023];145 Suppl 1(S1):1–33. Available at: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31111484/ . DOI: 10.1002 / ijgo.12802
18. Corrigan L, O'Farrell A, Moran P, Daly D. Hypertension in pregnancy: Prevalence, risk factors and outcomes for women giving birth in Ireland. Pregnancy Hypertension. 2021; 24:1–6.
19. Greenberg VR, Silasi M, Lundsberg LS, Culhane JF, Reddy UM, Partridge C, et al. Perinatal outcomes in women with elevated blood pressure and stage 1 hypertension. Am J Obstet Gynecol [Internet]. 2021 [cited 04 Jan 2023];224(5):521.e1-521.e11. Available at: https://www.ajog.org/article/S0002-9378(20)31279-5/fulltext . DOI: 10.1016/j.ajog.2020.10.049
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Morgana Boaventura Cunha, Maurício Batista Paes Landim

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao publicar na Revista Contexto & Saúde, os autores concordam com os seguintes termos:
Os trabalhos seguem a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato;
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, inclusive comercial.
Essas permissões são irrevogáveis, desde que respeitados os seguintes termos:
Atribuição — os autores devem ser devidamente creditados, com link para a licença e indicação de eventuais alterações realizadas.
Sem restrições adicionais — não podem ser aplicadas condições legais ou tecnológicas que restrinjam o uso permitido pela licença.
Avisos:
A licença não se aplica a elementos em domínio público ou cobertos por exceções legais.
A licença não garante todos os direitos necessários para usos específicos (ex.: direitos de imagem, privacidade ou morais).
A revista não se responsabiliza pelas opiniões expressas nos artigos, que são de exclusiva responsabilidade dos autores. O Editor, com o apoio do Comitê Editorial, reserva-se o direito de sugerir ou solicitar modificações quando necessário.
Somente serão aceitos artigos científicos originais, com resultados de pesquisas de interesse que não tenham sido publicados nem submetidos simultaneamente a outro periódico com o mesmo objetivo.
A menção a marcas comerciais ou produtos específicos destina-se apenas à identificação, sem qualquer vínculo promocional por parte dos autores ou da revista.
Contrato de Licença (para artigos publicados a partir de setembro/2025): Os autores mantém os direitos autorais sobre seu artigo, e concedem à Revista Contexto & Saúde o direito de primeira publicação.