A promoção do desenvolvimento sustentável e a teoria marxista dos preços: uma análise da importância das rendas diferenciais
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2018.44.9-41Palavras-chave:
teoria marxista dos preços, teoria da renda diferencial, teoria do valor, precificação de recursos naturaisResumo
Os problemas ecológicos que ameaçam a sustentabilidade do desenvolvimento das sociedades contemporâneas têm salientado a importância dos efeitos da escassez dos recursos naturais sobre a atividade econômica, especialmente a sua influência sobre os preços. Neste artigo argumentamos que, no marxismo, a análise de tal fenômeno é dificultada pelo papel limitado atribuído às rendas diferenciais na formação dos preços, o que contribui para explicar a postura produtivista de algumas correntes marxistas. Na primeira seção é analisada uma curva de oferta a partir da qual é demonstrado que os preços, quantitativamente, correspondem a custos marginais. Na segunda seção é proposto um modelo da teoria da renda diferencial que permite uma interpretação marxista dos preços como valores marginais. Na terceira seção, o modelo é empregado para demonstrar a incompatibilidade da teoria marxista da renda diferencial com o pressuposto da equalização das taxas de lucro como uma condição necessária à formação de preços eficientes. Conclui-se que a teoria da renda diferencial de Marx deve ser empregada para analisar a formação dos preços de maneira mais ampla do que como ela é normalmente considerada, na medida em que a formação de rendas diferenciais sempre ocorre quando as relações entre preço e produção podem ser descritas por uma função crescente, o que torna o lucro um critério ineficiente para a alocação de recursos. Assim, os resultados obtidos evidenciam que os problemas decorrentes da inadequada precificação dos recursos naturais têm origem nas contradições, típicas do capitalismo, provocadas pela apropriação privada das riquezas sociais por meio do lucroDownloads
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