A cooperação como elemento aglutinador dos arranjos produtivos locais

Autores

  • Cecilia Alves da Silva Antero Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Bruno Tavares Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Maria das Dores Saraiva de Loreto Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Sabrina Olimpio de Caldas Castro Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.21527/2237-6453.2017.41.335-382

Palavras-chave:

Atores. Benefícios. Compartilhando de Recursos. Desenvolvimento Local. Objetivos Comuns.

Resumo

No presente trabalho foram analisados os critérios e implicações da cooperação em APLs, por meio da identificação de situações que condicionam a realização de ações conjuntas. Foram realizadas pesquisas bibliográfica, descritiva e documental, tendo como unidade empírica de análise o APL de Vestuário de Muriaé-MG na região sudeste do Brasil. Para tanto, foram utilizados dados qualitativos primários (obtidos a partir das entrevistas semiestruturadas realizadas no mês de julho de 2014) e secundários (CAGED e do Diagnóstico da Indústria do Vestuário de Muriaé e Região 2010), analisados com suporte do software NVIVO®, baseando-se na técnica de análise de conteúdo. Considerando-se o tipo de ação conjunta, seu objetivo e o compartilhamento de recursos, os resultados evidenciaram que a cooperação: entre empresas ocorre por meio de ações relativas ao compartilhamento de maquinário; entre entidades acontece por diversas formas de ação conjunta, como capacitação de mão de obra, consultoria tecnológica, divulgação do APL e realização de reuniões; e entre empresas e entidades devido à ação conjunta direcionada à utilização de mão de obra, na qual os atores envolvidos compartilham recursos humanos e informacionais. No que tange aos critérios de análise da cooperação, foram identificadas situações que geram implicações positivas (abrangência, objetivo e recurso compartilhado) e negativas (diversidade, frequência e benefícios) para o desenvolvimento do referido APL. Considera-se que o modelo para análise da cooperação proposto atende às expectativas no que tange à aglutinação de elementos necessários para caracterizá-la, sistematizá-la e compreendê-la no contexto de um APL. A análise realizada permite concluir que a cooperação é incipiente, o que traz implicações negativas para o desenvolvimento do referido APL. Sugere-se que sejam criadas alternativas para fomentar a cooperação entre os atores, é preciso criar condições propícias para a cooperação e conscientização quanto aos benefícios provenientes dessa prática.

Biografia do Autor

Cecilia Alves da Silva Antero, Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Mestre em Administração – PPGADM/DAD/UFV
Especialista em Controladoria e Finanças - DAD/UFV
Bacharela em Administração pela FDV

Bruno Tavares, Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Viçosa (1997), mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Viçosa (2000) e doutorado em Administração pela Universidade Federal de Lavras (2011). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Viçosa. 

Maria das Dores Saraiva de Loreto, Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Possui graduação em Economia Doméstica e em Ciências Econômicas, bem como Mestrado e Doutorado em Economia Rural pela Universidade Federal de Viçosa (ufv). Pós-doutorado em Família e Meio Ambiente pela University of Guelph-Canadá. Professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Sabrina Olimpio de Caldas Castro, Universidade Federal de Viçosa

Graduada em Administração pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Downloads

Publicado

2017-10-21

Como Citar

Antero, C. A. da S., Tavares, B., Loreto, M. das D. S. de, & Castro, S. O. de C. (2017). A cooperação como elemento aglutinador dos arranjos produtivos locais. Desenvolvimento Em Questão, 15(41), 335–382. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2017.41.335-382

Edição

Seção

Artigos