Navegação e ocupação territorial: O Rio Iguaçu na formação econômica regional do planalto norte catarinense e sul do Paraná

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21527/2237-6453.2025.62.16152

Palavras-chave:

Expedições fluviais, Rio Iguaçu, Ocupação territorial, Desenvolvimento econômico

Resumo

Este estudo analisa o papel das expedições fluviais no rio Iguaçu e seus afluentes no processo de ocupação e desenvolvimento do Planalto Norte catarinense e Sul do Paraná. A abordagem qualitativa utilizada baseia-se em pesquisa bibliográfica e documental, complementada por uma análise historiográfica das fontes primárias. Desde o século XVIII, expedições militares e científicas desbravaram o território, contribuindo para a ocupação ribeirinha e o comércio fluvial. Os relatórios dessas expedições revelam como o rio Iguaçu facilitou o transporte e a integração econômica regional, sendo crucial para os ciclos econômicos da erva-mate e da madeira. A navegação a vapor, iniciada no século XIX, impulsionou ainda mais o desenvolvimento econômico e a formação de municípios ao longo do rio. O estudo também discute os impactos ambientais decorrentes da navegação e da exploração dos recursos naturais ao longo do rio Iguaçu.

Referências

BAGGIO, Rogério João. Destino Cataratas do Iguaçu: novecentos quilômetros de caiaque e aventura. 1. ed. Curitiba/PR: Traços e Letras Editora, 2018.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.

BRANDT, Marlon. Uma história ambiental dos campos do planalto de Santa Catarina. 2012. Tese (Doutorado em História Cultural) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.

BRAUDEL, Fernand. A dinâmica do capitalismo. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

CASCAES, Domingos Lopes; FILGUEIRA, Bruno da Costa. Rellação sumaria da viagem que fizemos pelo Rio do Registro abayxo. Documentos Interessantes a História e Costumes de São Paulo: Correspondência do Capitão-General Dom Luiz Antônio de Souza 1767-1770, São Paulo, v. XIX, p. 347-352, 1896.

EHLKE, Cyro. A Conquista do Planalto Catarinense: bandeirantes e tropeiros do “sertão de curitiba”. Rio de Janeiro: Laudes, 1973.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GUIMARÃES, S. K.; MONASTIRSKY, L. B. A PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA DA HIDROVIA DO RIO IGUAÇU (PR). Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 19, n. 66, p. 157–168, 2018. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/39081. Acesso em: 1 jul. 2024.

GOULARTI FILHO, Alcides. A estrada da mata e a integração regional pelo interior do brasil meridional. Textos de Economia, Florianópolis, v. 15, n. 2, p. 111-138, jul./dez. 2012.

GOULARTI FILHO, Alcides. Complexo ervateiro e a pequena produção mercantil em Santa Catarina. Diálogos, v. 16, n. 1, p. 179-215, jan./abr. 2012.

KARPINSKI, Cezar. Gentes e paisagens do rio Iguaçu na viagem expedicionária dos engenheiros Keller em 1866. Revista de História Regional. 17, 2012. Disponível em: 10.5212/Rev.Hist.Reg.v.17i1.0002. Acesso em: 01 jul. 2024.

KELLER, Josef; KELLER, Franz. Relatório da exploração do rio Iguassú feita em 1866. Relatório apresentado à Assembleia Legislativa do Paraná pelo Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. Anexo P, p.1-31, 1866. Disponível em: http://ddsnext.crl.edu/brazil. Acesso em: 22 abr. 2020.

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO (IHGB). Roteiro: Do certão e minas de Inhanguera, vindo da villa do Coritiba para ellas. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, v. LXIX - Parte I, n. 113, p. 241-243, 1906.

OURIQUE, Alfredo Ernesto Jacques. Questão de limites entre Paraná e Santa Catarina. Conservador, Desterro, ano 5, n. 266, p.1, 24 nov. 1888.

OURIQUE, Alfredo Ernesto Jacques. Questão de limites entre Paraná e Santa Catarina. Conservador, Desterro, ano 5, n. 267, p.1, 26 nov. 1888.

POYER, Viviani. Fronteiras de uma Guerra: imigração, diplomacia e política internacional em meio ao movimento social do contestado 1907-1918. Tese (Doutorado em História Cultural) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018. 350 p.

RIESEMBERG, Alvir. A instalação humana no vale do Iguaçu. Coleção Vale do Iguaçu da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória-PR, 1973.

RIESEMBERG, Alvir. A Nau São Sebastião. Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense, 1978.

RODRIGUES, Rogério Rosa. Conheça a história do município de Irineópolis. Sítio Eletrônico do Município de Irineópolis/SC, 2021. Disponível em: https://www.irineopolis.sc.gov.br/noticias/ver/2021/12/conheca-a-historia-do-municipio-de-irineopolis. Acesso em: 22 jun. 2023.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

SILVA, M. L. S.; SOPELSA, R. A. O progresso veio de barco: Um estudo sobre a navegação a vapor no Rio Iguaçu e sua importância para o desenvolvimento da cidade de São Mateus do Sul - PR (1879 – 1953). Ateliê de História, 1(1), 137-145, 2013.

SOUZA, Almir Antônio de. Um viajante no Brasil Joanino: Auguste de Saint-Hilaire, o Caminho das Tropas, o mato e o campo, e os índios do Planalto Meridional. Mneme - Revista de Humanidades, Caicó/RN, v. 15, n. 35, jul./dez. 2014, p. 137-165.

TAUNAY, Alfredo d‘Escragnolle. Excursão no Rio Iguassu. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, v. LIII, parte I, p. 215 - 241, 1890.

TOKARSKI, Fernando. Conheça a história do município de Canoinhas. In: PREFEITURA DE CANOINHAS. História de Canoinhas, 2002. Disponível em: https://pmc.sc.gov.br/pagina-3653/. Acesso em: 8 abr. 2023.

THOMÉ, Nilson. Caminhos de tropeiros nos séculos XVIII e XIX como fatores pioneiros de desbravamento do Contestado. DRd - Desenvolvimento Regional em debate, v. 2, n. 1, p. 5-30, 31 jul. 2012.

Downloads

Publicado

2025-06-27

Como Citar

Gudas, D., Marchesan, J., & Alves, J. A. B. (2025). Navegação e ocupação territorial: O Rio Iguaçu na formação econômica regional do planalto norte catarinense e sul do Paraná. Desenvolvimento Em Questão, 23(62), e16152. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2025.62.16152

Edição

Seção

Artigos