Análise do atributo longitudinalidade com a implementação do modelo acesso avançado: estudo de múltiplos casos
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.15068Palavras-chave:
Longitudinalidade; Continuidade da Assistência ao Paciente; Acesso aos Serviços de Saúde; Atenção Primária à SaúdeResumo
Buscou-se avaliar a longitudinalidade do cuidado, em unidades de saúde da família, antes, durante e após a implementação do modelo Acesso Avançado. A referência para essa avaliação foi o índice de continuidade do prestador habitual (UPC). Tratou-se de um estudo descritivo com abordagem mista, realizado na Coordenadoria Regional Sul do município de São Paulo-SP. Os participantes da pesquisa foram os coordenadores de 5 unidades básicas de saúde (UBS), médicos, enfermeiros e 295 usuários dessas UBS. Os dados foram coletados utilizando o instrumento Primary Care Assessment Tool (PCATool) e registros de produção disponíveis nas UBS. Os dados foram organizados na plataforma REDCap®.A análise estatística foi realizada por meio do software R®. Os resultados demonstram que 3 das 5 UBSs apresentaram um índice de continuidade do prestador (UPC) maior, antes da implementação do modelo Acesso Avançado, indicando que nessas UBSs a implantação do modelo de Acesso Avançado comprometeu a longitudinalidade do cuidado. Em contrapartida em 2 UBS houve melhora do índice de continuidade do prestador (UPC) após a implantação do modelo. Conclui-se que o atributo longitudinalidade do cuidado foi por problemas de planejamento e de cobertura da assistência nas UBS da região sul do município de São Paulo. Tais problemas não podem ser atribuídos unicamente a implementação do modelo de Acesso Avançado.
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