PHDA na infância: experiências e perspetivas dos pais acerca da medicação dos filhos
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2022.46.13528Palavras-chave:
PHDA, medicalização, progenitores, medicaçãoResumo
Ao longo das últimas décadas verificou-se um aumento da prevalência do diagnóstico da Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, assim como da terapêutica concomitante com psicoestimulantes. A investigação neste domínio reporta à existência de crianças que recebem tratamento farmacológico para esta perturbação sem preencher os respetivos critérios de diagnóstico, o que remete para uma possível medicalização dos comportamentos considerados socialmente desviantes. Neste estudo pretendeu-se conhecer a perspetiva dos pais sobre os problemas das crianças e explorar o seu papel na sinalização e procura de tratamento. Particular ênfase foi dada às suas perspetivas acerca dos efeitos da medicação, eficácia e impacto a longo prazo. Com este objetivo foram entrevistados 25 pais cujos filhos tinham diagnóstico de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção e que estavam a ser medicados para este efeito. Os participantes foram selecionados mediante o método de amostragem não probabilístico de conveniência e snowball. A maioria dos participantes identificou um conjunto de problemas cognitivos, comportamentais e emocionais nas crianças. Os resultados enfatizam o papel da comunidade escolar na sinalização dos problemas e mostram que a pressão exercida por outros, a preocupação com o aproveitamento escolar e a falta de controlo sob os comportamentos das crianças são os principais fatores que motivam a consulta médica. Quanto à intervenção, verificou-se uma priorização do tratamento farmacológico por parte dos profissionais de saúde sobre outras modalidades terapêuticas e uma perspetiva positiva dos pais acerca da eficácia da medicação, independentemente dos efeitos secundários que esta produz.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Contexto & Saúde

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao publicar na Revista Contexto & Saúde, os autores concordam com os seguintes termos:
Os trabalhos seguem a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato;
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, inclusive comercial.
Essas permissões são irrevogáveis, desde que respeitados os seguintes termos:
Atribuição — os autores devem ser devidamente creditados, com link para a licença e indicação de eventuais alterações realizadas.
Sem restrições adicionais — não podem ser aplicadas condições legais ou tecnológicas que restrinjam o uso permitido pela licença.
Avisos:
A licença não se aplica a elementos em domínio público ou cobertos por exceções legais.
A licença não garante todos os direitos necessários para usos específicos (ex.: direitos de imagem, privacidade ou morais).
A revista não se responsabiliza pelas opiniões expressas nos artigos, que são de exclusiva responsabilidade dos autores. O Editor, com o apoio do Comitê Editorial, reserva-se o direito de sugerir ou solicitar modificações quando necessário.
Somente serão aceitos artigos científicos originais, com resultados de pesquisas de interesse que não tenham sido publicados nem submetidos simultaneamente a outro periódico com o mesmo objetivo.
A menção a marcas comerciais ou produtos específicos destina-se apenas à identificação, sem qualquer vínculo promocional por parte dos autores ou da revista.
Contrato de Licença (para artigos publicados a partir de setembro/2025): Os autores mantém os direitos autorais sobre seu artigo, e concedem à Revista Contexto & Saúde o direito de primeira publicação.