Anemia ferropriva entre adolescentes participantes do programa Bolsa Família: Análise à luz das condicionalidades de saúde
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2022.45.12615Palavras-chave:
Anemia Ferropriva, Saúde do Adolescente, Políticas e Programas de Alimentação e Nutrição, Vigilância NutricionalResumo
Objetivo: Avaliar a proporção de casos de anemia ferropriva entre adolescentes diante das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família (PBF). Metodologia: Estudo transversal quantitativo com amostra de 165 adolescentes, entre 10 e 18 anos, de ambos os sexos, pertencentes às famílias participantes do PBF do município de Lavras (MG). A detecção da anemia ocorreu por meio da punção digital de uma gota de sangue utilizando hemoglobinômetro portátil Hemocue®. Foram avaliados a situação de segurança alimentar, estado nutricional e consumo alimentar. Resultados: A prevalência de anemia foi de 26%, classificada como problema de saúde pública de grau moderado. A presença de anemia associou-se ao consumo de salgado frito (p=0,020), achocolatado (p=0,042) e biscoito recheado (p=0,045). O excesso de peso esteve presente entre 21,8% dos adolescentes do sexo feminino, e entre 12,6% do sexo masculino. A prevalência de insegurança alimentar entre os adolescentes foi de 42,5%. Conclusão: Dados inéditos da alta prevalência de anemia entre adolescentes participantes do PBF na cidade de Lavras-MG são apresentados nesta pesquisa. Esses resultados evidenciam que apesar dos avanços na proposição de políticas públicas de combate à anemia, elas não estão atingindo esta faixa etária. Especificamente, o PBF é uma política pública que contribui para a prevenção e combate à anemia, porém são necessárias alterações do seu desenho metodológico, especialmente das condicionalidades de saúde, a partir do desenvolvimento de estratégias que ampliem e qualifiquem as ações de vigilância alimentar e nutricional no contexto da saúde dos adolescentes participantes do Programa Bolsa Família.
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