O debate parlamentar sobre a nova política de drogas na Câmara dos Deputados: formações discursivas e biopolíticas
DOI:
https://doi.org/10.21527/2317-5389.2022.19.11000Palavras-chave:
Poder Legislativo. Discurso Político. Análise de Discurso. Política de Drogas.Resumo
O artigo analisa o debate parlamentar sobre a nova Política Nacional de Drogas (Lei nº 13.840/19) na Câmara dos Deputados. O objetivo é identificar as formações discursivas nas quais se baseiam tais discursos, correlacionando-as com visões orientadas por biopolíticas. O problema de pesquisa é expresso pela seguinte questão: quais são as ideologias preponderantes no debate parlamentar acerca da produção, comercialização e consumo de substâncias psicoativas? A hipótese que guia o estudo consiste na premissa de que os parlamentares têm, progressivamente, adotado um discurso sanitarista, tratando os usuários como indivíduos doentes que necessitam da tutela estatal para cuidar de sua saúde, mediante internação compulsória. Para a realização da pesquisa analisamos as notas taquigráficas dos debates durante a votação da matéria no Plenário da Câmara dos Deputados, totalizando 70 pronunciamentos. As conclusões confirmam a hipótese, com o predomínio da formação discursiva sanitarista. Além disso, foram identificadas: uma formação discursiva punitivista, que defende mais rigor na punição dos traficantes; uma formação discursiva libertária, identificada em poucos pronunciamentos, que se baseia no respeito ao livre-arbítrio, sem interferência do Estado na vida privada do indivíduo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao publicar na Revista Direitos Humanos e Democracia, os autores concordam com os seguintes termos:
Os trabalhos seguem a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato;
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, inclusive comercial.
Essas permissões são irrevogáveis, desde que respeitados os seguintes termos:
Atribuição — os autores devem ser devidamente creditados, com link para a licença e indicação de eventuais alterações realizadas.
Sem restrições adicionais — não podem ser aplicadas condições legais ou tecnológicas que restrinjam o uso permitido pela licença.
Avisos:
A licença não se aplica a elementos em domínio público ou cobertos por exceções legais.
A licença não garante todos os direitos necessários para usos específicos (ex.: direitos de imagem, privacidade ou morais).
A revista não se responsabiliza pelas opiniões expressas nos artigos, que são de exclusiva responsabilidade dos autores. O Editor, com o apoio do Comitê Editorial, reserva-se o direito de sugerir ou solicitar modificações quando necessário.
Somente serão aceitos artigos científicos originais, com resultados de pesquisas de interesse que não tenham sido publicados nem submetidos simultaneamente a outro periódico com o mesmo objetivo.
A menção a marcas comerciais ou produtos específicos destina-se apenas à identificação, sem qualquer vínculo promocional por parte dos autores ou da revista.
Contrato de Licença: Os autores mantém os direitos autorais sobre seu artigo, e concedem a Revista Direitos Humanos e Democracia o direito de primeira publicação.










