Entre a Regra e a Exceção: O Paradoxo do Dever Ser da Penitência e a ADPF 347
DOI:
https://doi.org/10.21527/2317-5389.2022.19.11407Palavras-chave:
Direitos humanos; Inimigo social; ADPF 347; Estado de coisas inconstitucional; Estado de ExceçãoResumo
A problematização a respeito da ADPF 347, em particular da declaração do “estado de coisas inconstitucionais” (ECI), exige uma crítica, em termos de reflexão, a partir da matriz positivista dos direitos da personalidade, e a problematização traçada por Giorgio Agamben quanto ao estado de exceção, na medida em que, não só o encarceramento em massa, mas as próprias condições do encarcerado – o preso – revelam a possibilidade da suspensão/expropriação de seus direitos, sobretudo, dos direitos de personalidade. Dentro dessa perspectiva, acompanhando, também, a leitura da Michel Foucault, o presente estudo apresenta, como objeto de investigação, por intermédio do método hipotético-dedutivo, as condições do paradoxo em que se reconhece a inconstitucionalidade da condição do encarcerado, e, ao mesmo tempo, se reproduz essa sistemática da promoção do encarceramento em massa pela forma da exceção, como resultado da operação do direito e da política via dispositivo excepcional de captura.
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